A visão do egresso na UFSCar Sorocaba - Após a formação

Após toda essa caminhada de escavação das percepções dos discentes chegamos ao nosso último estágio que foi tentar destacar entre as respostas quais são as ideias atuais de mercado e atuação de um engenheiro de produção (ou mesmo, se estes profissionais atuam conforme seu o imaginado).
Foi possível verificar que ao mesmo tempo o fator "abrangência", que sempre é relacionado ao curso de engenharia de produção, se mostra a maior crítica de muitos ex-alunos no sentido que isto pode dificultar o ingresso e consolidação no mercado de trabalho.

Além disso, em todas as respostas, as pessoas imaginaram que suas atuações estariam principalmente relacionadas a "indústrias", grande qualificação e visibilidade. Mesmo assim, 60% dos participantes afirmaram que esta visão não se consolidou e para eles isto ocorreu por conta da atuação real estar principalmente em outros setores produtivos, sendo relatada também a dificuldade por conta das crises financeiras e seus frutos subsequentes. Algumas respostas também problematizam o modelo de gestão que dá apoio à maior flexibilidade dos funcionários, colocando isto como um redutor na perspectiva de aproveitamento da vida além do trabalho, ou seja, "[...] a alta flexibilidade faz com que você viva para o trabalho."
Agora na pesquisa realizada por Sigahi et al.*, apesar das três principais áreas de atuação buscadas pelos alunos serem de: bens de consumo, consultoria e mercado financeiro; as respostas dos egressos participantes revelaram que as três principais áreas que um engenheiro de produção formado atua são: logística, engenharia de processos e planejamento e controle da produção. As habilidades mais importantes desenvolvidas durante o curso, destacadas pelos egressos, foram: a capacidade de identificar, modelar e resolver problemas, de trabalhar em equipes multidisciplinares, a comunicação oral e escrita e a disposição para autoaprendizado e educação continuada.

Visando o futuro, os principais cargos que os discentes buscam atingir após 5 anos de formados são: gerente, engenheiro e mestre. Entretanto, os cargos atingidos pelos entrevistados com 4 ou 5 anos após formados são: analista, coordenador e engenheiro. Na pesquisa realizada por este grupo: 10% busca atuação acadêmica, 20% busca empresas que garantem estabilidade, 20% startups e empreendedorismo, 20% não se importa com o que irá atuar e 30% empresas com grandes metas e bônus, em ônus a alta rotatividade.

A nossa jornada, nesta visão ainda macro da dinâmica entre ideais de vida e ensino, e também ensino e mercado de trabalho, acaba por aqui. Nossa busca não foi por esclarecer todas as dúvidas que o leitor possa vir a ter e sim mostrar por meio de dados que existem diversas possibilidades de correlação entre estas variáveis, e isto não é sempre visível para todos, por isso a importância de mostrar de forma quantitativa. Esperamos que tenham gostado!!

*SIGAHI, T. F. A. C. ; FERRARINI, C. F. ; BORRAS, M. A. A. ; SALTORATO, P. . Ensino e formação de engenheiros de produção: uma análise da percepção de discentes, egressos e docentes de um curso de graduação em uma universidade pública brasileira. In: XXXVI Encontro Nacional de Engenharia de Produção - Contribuições da Engenharia de Produção para Melhores Práticas de Gestão e Modernização do Brasil, 2016, João Pessoa. Anais do XXXVI Encontro Nacional de Engenharia de Produção, 2016.

Um comentário:

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